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Boletim de NOVIDADES - VI edição

Boletim de Novidades - V edição

11 de fevereiro de 2010

Na nossa escola, o Amor acontece... assim:


Estas cartas de amor foram escritas em contexto de aula de Português do 9º e 10º Ano aquando a leccionação d' «Os Lusíadas» e da estrutura da carta, nos respectivos anos escolares.
Os professores de Português também responderam ao apelo lançado pela Biblioteca Escolar e a dar voz ao pedido dos nossos alunos « Professor, leia-me um poema de amor».
Aqui vão alguns excertos dos poemas lidos:
Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente. ( Camões)
Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui na alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
De tudo ao meu amor serei atento ( Camões)
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. (Vinicius de Moraes)
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
( Florbela Espanca)


Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo. Pablo Neruda

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