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Boletim de NOVIDADES - VI edição

Boletim de Novidades - V edição

27 de fevereiro de 2013

Ler+jovem - 2º Momento

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O dia 20 de fevereiro foi repleto de recordações.
O 2º momento do projeto Ler+jovem aconteceu, uma vez mais, no Lar de S. Miguel. Os alunos juntaram-se aos idosos que não estavam doentes e com eles partilharam a tarde.
Mas esta reunião não foi ocasional. Tudo foi preparado cuidadosamente. Desta vez foram os menos jovens a terem uma participação mais ativa na atividade. Os mais novos não sabiam de nada.
Os mais velhos:
- Bordaram lenços de namorados:
- Fizeram flores de namorar:
- Escreveram postais de namorados que ofereceram aos alunos e aos coordenadores do projeto e que foram lidos na presença de todos:
- Pintaram um quadro:

- Contaram as suas histórias de amor e paixão, tendo dito estas palavras lindas, que transcrevemos:

Registo de histórias na primeira pessoa.
Relato das vivências amorosas no namoro, na juventude dos protagonistas, lançado que foi o desafio para partilharem connosco as suas memórias.

D. Derlinda
“- O AMOR É LOUCO!!!”
“- No nosso tempo tínhamos de andar às voltas, escondidas. Às vezes eles subiam às árvores para nos ver…
Ele (referindo-se ao pretendente!) não podia chegar à frente, porque não tinha ordem.”
- E quem é que lhe dava essa ordem? – quisemos saber.
“ – Era a pessoa (referindo-se à rapariga sua pretendida). Nem todos serviam!”
- E como se conheciam? – perguntámos.
“- Conheciam-se na doutrina, na escola…E a gente percebia muita coisa… Sabe?! Era o tempo da Maria Cachucha/Castanha(?), das almotolias de barro…

D. Carolina
Quando o viu pela primeira vez, certa ocasião em que passou com familiares por sua casa, olhou--o e disse de si para si:


- “Este era porco p´ró meu curral!!...”
E vieram a namorar.
Ele ia a sua casa por diversas vezes almoçar. E, revivendo esses momentos, adiantou:
“- Mas a minha mãe, muito esperta, deixava a menina ao pé de nós. E a garota guardava-nos sempre. À despedida íamos ao canto da sala grande e dávamos um beijo. Era perigoso!...”
Contou que um dia um homem os viu, cá de fora, e foi logo espalhar a novidade:
“- Ai a filha da minha comadre! Ele deu-lhe um beijo!!!”  
Completando a sua história, contou:
- Depois ele foi para Lisboa. Andámos três anos a trocar cartas de amor. Cartas p´ra lá e p´ra cá!”  No final casaram na Igreja, pois então!

Sr. Carlos
“- Naquele tempo havia um rancho folclórico lá na terra. Um primo convidou-me para ir para esse rancho folclórico. À noite tinham bailarico. Comecei a admirá-la. Ela começou a olhar para mim e eu para ela…
Iamos namorando às escondidas! Ela ia à fonte. (nesse tempo ainda não havia água canalizada.) A mãe dela ia espreitá-la. Eu escondia-me atrás de um loureiro. Ela chegava a casa e, se não via a mãe, despejava a água no pátio e voltava a ir buscar outro cântaro de água à fonte… Os pais dela não me podiam ver!
Quando nos casámos o filho já comeu da boda!”
Sr. Reis
“ – A minha história é muito longa, muito complicada!...”
“- Mas conte-nos… Onde a conheceu?” -  insistimos, provocadores…
“- Conheci-a cá em Nelas. Eu trabalhava na construção civil, nas Quatro Esquinas. Ela é de Tonda e trabalhava em casa de umas senhoras.
Todos os dias ela passava quatro vezes à frente do meu trabalho. Parecia uma boneca!!!! Ia à estação esperar um senhor que vinha do Luso. Ia buscá-lo e levá-lo ao Rápido (o comboio mais importante da linha da Beira Alta, nessa altura).
 Um dia pensei: Hoje vou esperá-la…”
E lá se encheu de coragem, o Sr. Reis, e aproximou-se. Receoso, avançou:
“- Ó menina, preciso de falar consigo. Esta roupa é do trabalho, desculpe, não é roupa para falar consigo…
E ela:“- Agora não posso! Só sendo amanhã, que vou ao chafariz buscar água!” No dia seguinte lá estava o amigo Reis, no chafariz. E todos os dias ia ao chafariz. Até que as patroas dela souberam e disseram que não queriam que andássemos a namorar nos cantos. E passámos a namorar à porta.”
O tempo foi passando e quis então o Sr. Reis aproximar-se da família dela, que residia em Tonda. Os acessos naquele tempo eram difíceis. Tinham de apanhar o comboio até Santa Comba Dão e mudar para uma caranguejola até Tonda. Viagem atribulada de quatro horas. Então pensaram numa alternativa…
“- A primeira vez, fomos de comboio até Oliveirinha. Estava um irmão dela à espera e fomos a pé, duas horas. Ela ia aos sábados. Era sempre duas horas a butes.!”
O Sr. Reis contou ainda que nessa primeira vez que foi com ela para Tonda, nada disse à família. E foram contar ao pai…
“- Quando voltei foi um problema! Mas compreenderam… E todos os domingos gramava duas horas a pé, porque gostava dela! Um dia ela disse-me: Já estou farta desta vida!!! E casámos. Casámos em 8 de novembro de 1945. Até hoje!”

Oram vejam um pouco mais...




Os alunos retribuíram com poemas de amor de Camões («Amor é fogo que arde sem se ver», «Perdigão perdeu a pena», «Descalça vai pera a fonte») , com sketches teatrais e com uma rosa que ofereceram às suas «amadas». Os coordenadores do projeto leram, no âmbito da mesma temática, poemas de Florbela Espanca e Eugénio de Andrade. Criou-se um ambiente intimista, mesmo bom para falar de algo que nos faz bem: o AMOR... e tudo a partir de textos, e tudo a propósito dos livros. Aliás, estes acompanharam-nos, em formato papel e digital, e ficaram por lá no «baú dos afetos» prontos para proporcionarem momentos de descontração e felicidade a quem os utilizar. Se as palavras são escassas, as imagens falam por si:


15 de fevereiro de 2013

Semana dos Afetos - 11-15 de fevereiro 2013

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Como já é habitual, a Escola Secundária de Nelas integra no seu PAA a Semana dos Afetos, iniciativa proposta e dinamizada pela  BE. 
Para além de uma recolha de vídeos enviados aos DT´s para fazerem uso sobretudo na hora de Educação Para a Cidadania, este ano fez-se uma exposição no átrio da biblioteca subordinada ao tema «AFETOS» com imagens ilustrativas das mais diversas formas de ternura (Homem-mulher; Homem-animal; Homem em situação de guerra; Pares amorosos da literatura, da história, da BD) e com frases conseguidas junto de alguns dos nossos alunos.
A par desta iniciativa, organizou-se a festa da amizade que reuniu professores, Assistentes Operacionais e Técnicos que, desde o início do 2º período até ao dia 14 de fevereiro tinham jogaram  o jogo do «Amigo Misterioso». Foi cerca de um mês que valeu pelo que representou em termos de troca de afetos e aproximação sã entre as pessoas envolvidas, pelas inúmeras formas criativas de agradar ao outro, pelos múltiplos textos e frases poéticas trocadas. O prazer com que os envolvidos se entregaram ao jogo foi de tal modo contagioso que os que não entraram nele a certa altura estavam também eles tocados pelo prazer de descobrir quem era o «amigo misterioso» de quem. Esta curiosidade desfez-se numa festa organizada para o efeito no dia 15 de fevereiro. Os rostos eram de felicidade entre todos e foi evidente a satisfação que todos sentiram naquele momento, ao ponto de terem pedido uma segunda versão da atividade. Para já há que cumprir o resto do PAA. Para o ano há mais!



BIODIVERSIDADE NAS PALAVRAS - no âmbito da acção: «Biodiversidade: água e vida»

Boletim Informativo Biblioteca - Design Gráfico 11ºC

Há 20 anos: o Sonho que passava por Absurdo torna-se Realidade!

Estreia 3 de Dezembro

Sugestões de Novembro: