O Prémio Nobel da Literatura 2010 foi atribuído ao escritor peruano Mario Vargas Llosa A Academia destacou a obra do escritor «pela sua cartografia das estruturas do poder e as suas imagens mordazes da resistência, rebelião e derrota do indivíduo».
O peruano era apontado como um dos super favoritos e era também o único latino-americano que figurava há mais de dez anos consecutivos nos nomes fortes da corrida para o Nobel da Literatura. É a primeira vez que o prémio distingue um escritor peruano e a 11.ª que é atribuído a um autor em língua espanhola, com Vargas Llosa a juntar-se a uma galeria de laureados como Camilo Jose Cela (1989), Gabriel Garcia Marquez (1982), Pablo Neruda (1971) e Gabriela Mistral (1945).
Em 2009, o prémio foi atribuído à escritora alemã de origem romena Herta Müller.
O prémio literário tem um valor monetário de cerca de um milhão de euros e será entregue em Estocolmo no próximo dia 10 de Dezembro.
Vargas Llosa é autor de obras como "A tia Júlia e o escrevedor", "Conversa na catedral", "A guerra do fim do mundo", "Elogio da madrasta" e o livro de memórias "Como peixe na água".
O escritor nasceu a um domingo, 28 de Março de 1936, na cidade de Arequipa. Filho de um casamento efémero, Vargas Llosa conviveu apenas com a mãe até aos dez anos de idade, altura em que conheceu o pai.
Em plena adolescência, frequentou o colégio militar e, com 17 anos, ingressou na Universidade Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, capital do Peru, para se licenciar em Literatura e Direito.
Na década de 80, atravessou um período de intensa actividade política. De acordo com a enciclopédia livre na Internet, a Wikipédia, em 1983, presidiu à comissão que investigou a morte de oito jornalistas, Mais tarde, em 1987, iniciou o movimento político e liberal com vista a retirar o Estado da Economia.
Já na década de 90, candidatou-se à presidência do Peru pela Frente Democrata, um partido de centro-direita, mas perdeu as eleições.
Esta actividade política foi sempre paralela à produção literária. Entre a ficção, o teatro e o ensaio, Vargas Llosa tem mais de 40 obras publicadas
Fonte TSF
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