«A 21 de Março. no Centro Cultural de Belém, entre as 11:00 e as 19:00pode ouvir e sentir poesia com Gabriela Canavilhas, Isabel Alçada, Ana Hatherly, António Pinho Vargas, António Ramos Rosa, António Poppe, José Wallenstein e outros.
Esta é a proposta do Centro Cultural de Belém para celebrar o Dia Mundial da Poesia. A programação destina-se a toda a família, com entrada livre, e vai desde a Feira do Livro de Poesia, passando por exposições, concertos, workshops e conferências até à entrega de prémios do concurso Faça lá um Poema!
O Dia Mundial da Poesia é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura e do CCB com o apoio do Ministério da Cultura. » Jornal Sol
A BE convidou os nossos alunos a lembrarem o Dia Mundial da Posia com a criação de um poema . Aqui estão algumas das suas criações poéticas:
Sinto
Sinto os anjos que me tocam.
Sinto o brilho da chuva que cai.
Sinto a brisa que me beija.
Sinto o sol que surge.
Sinto a pureza que me envolve.
Sinto tudo o que me rodeia.
Sinto.
Sinto o intimidante olhar teu.
Sinto a felicidade da junção dos nossos sorrisos.
Sinto o aconchego do teu corpo.
Sinto o inexplicável.
Sinto a tua presença.
Sinto…
Cátia Figueiredo ( aluna do 9º ano )
SILÊNCIO
I
O silêncio é o melhor das palavras
É tudo aquilo que dizes sem dizer,
É tudo o que resta da tempestade,
É o barulho do renascer.
II
O silêncio é a fala dos amantes
Que juntos enfrentam, sozinhos,
O fustigar dos ventos cortantes,
O cansaço de um longo caminho.
III
Gíria do amor eterno
Que falas, por vezes, sem querer,
Só o verdadeiro amor a descodifica,
Só o verdadeiro amor a descodifica,
Tornando-a simples de entender.
IV
O silêncio que fazes,
Muitos ouvem,
Poucos escutam,
Mas apenas uma pessoa entende.
Lurdes Branquinho (aluna do 10º Ano)
Tempo
Sou viciada no tempo, mas o tempo não se vicia em mim.
É controverso julgar o tempo!
É uma escolha fracassada determinar quanto tempo é o tempo.
Tanto podem ser horas vazias, como meros segundos em maresias...
Tanto podem ser esperas infinitamente inacabáveis, como surpresas completamente indetermináveis.
Não julguemos o tempo.
O tempo precisa de estar em repouso no que toca à conjugação de um verbo partilhado a dois.
Não queremos que o tempo passe nesse momento.
Não queremos os minutos, nem as horas que este duram.
Queremos a paixão que nos é transmitida a cada beijo, a cada toque.
O tempo controla tudo... Cada passo, cada gesto, cada decisão.
Hoje em dia, o tempo sabe dar o impulso no momento certo
e constrói a loucura passional em que estou inserida. Por isso…
Vou dar tempo ao tempo para ver se o tempo consegue repor o tempo que neste tempo perdi.
Sr. Tempo, preciso de si !
Bárbara Rodrigues (aluna do 12º ano)
Uma lágrima
Uma lágrima que tomou o meu corpo, a minha mente, o meu rosto, o meu ser, por completo.
Fechar os olhos. Pensar. Recordar.
Suspiros. Fraqueza. Tristeza. Dor. Lágrimas. Choro.
A lembrança de um sorriso resultante da junção de outros dois.
A felicidade da união das mãos.
O brilho de dois olhares perfeitamente conjugados.
O calor de um abraço.
Todos os risos partilhados. Todos os olhares trocados.
Palavras provindas de ti. Palavras prenhes de sentimentos indescritíveis.
Momentos únicos. Momentos inesquecíveis. Momentos em que o pensamento é esquecido.
Momentos fantásticos. Momentos inigualáveis, juro.
A intensidade. A força. A sensação. A pureza. O sentimento num beijo.
Recordações.
Agora, a lua esvaneceu. O sol surge sem brilho.
O vento desapareceu. A chuva começou.
A dança das folhas terminou.
O azul do céu é consumido pelo cinzento que ocupa assim o seu lugar.
O brilho dos meus olhos perdeu-se. O sorriso…não o encontro.
O coração dói.
Cátia Figueiredo (aluna do 9º ano)
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